CABRAL não descobriu o Brasil :
sua 'Carta de Comando' dizia para "tomar posse da terra" (por causa do Tratado de Tordesilhas) e concluir viagem na Índia.
Ele se chamava "PEDR'ALVAREZ DE GOUVEA" -
só se denominou "Cabral" quando seu pai faleceu e ele herdou-lhe o nome por ser o primogênito.
Assim como fez o escrivão PERO VAZ DE CAMINHA, o médico da esquadra , JOÃO FARAS, também escreveu ao rei dizendo que visse no mapa de "Bizagudo" (Pero Vaaz da Cunha), o lugar exato onde eles estavam.
Portanto,
quando Gouvea aqui veio já existia um mapa do Brasil lá em Portugal.
Você já sabia disso ?
Seus professores de História nunca lhe contaram ?
Nem eles devem conhecer essas particularidades, porque nosso ensino é muito superficial.
Então, pesquise e descubra fatos interessantíssimos !
A HISTÓRIA se faz com documentos .
Este é o primeiro documento
da HISTÓRIA DO BRASIL :
sua certidão de nascimento.
Inicio da Carta de Pero Vaz de Caminha,
Torre do Tombo,
Lisboa.
OBS : para facilitar a leitura, separei os parágrafos ...
Senhor
( ... )
E , portanto, Senhor, do que hei-de falar começo:
E digo quê: A partida de Belém foi, como Vossa Alteza sabe,
segunda-feira 9 de Março.
E sábado, 14 do dito mês, entre as 8 e 9 horas, nos achámos entre as
Canárias, mais perto da Grande Canária.
E ali andámos todo aquele dia em calma, à vista delas, obra de tres
a quatro léguas.
E domingo, 22 do dito mês, às dez horas mais ou menos, houvemos
vista das ilhas de Cabo Verde, a saber da ilha de São Nicolau, segundo o dito
de Pero Escolar, piloto.
Na noite seguinte à segunda-feira amanheceu, se perdeu da frota
Vasco de Ataíde com a sua nau, sem haver tempo forte ou contrário para poder
ser!
Fez o capitão suas diligências para o achar, em umas e outras
partes, mas... não apareceu mais!
E assim seguimos nosso caminho, por este mar de longo, até que
terça-feira das Oitavas de Páscoa, que foram 21 dias de Abril, topámos alguns
sinais de terra, estando da dita Ilha - segundo os pilotos diziam, obra de 660
ou 670 léguas - os quais eram muita quantidade de ervas compridas, a que os
mareantes chamam botelho, e assim mesmo outras a que dão o nome de
rabo-de-asno.
E quarta-feira seguinte, pela manhã, topámos aves a que chamam
furabuchos.
Neste mesmo dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra !
A saber, primeiramente de um grande monte, muito alto e redondo ; e
de outras serras mais baixas ao Sul dele ; e de terra chã, com grandes
arvoredos ; ao qual monte alto o capitão pôs o nome de O Monte Pascoal e à terra
A Terra de Vera Cruz !
Mandou lançar o prumo.
Acharam vinte e cinco braças.
E ao sol-posto umas seis léguas da terra, lançámos ancoras, em
dezanove braças - ancoragem limpa.
Ali ficámo-nos toda aquela noite.
E quinta feira, pela manhã, fizemos vela e seguimos em direitura à
terra, indo os navios pequenos diante - por dezassete, dezasseis, quinze,
catorze, doze, nove braças - até meia légua da terra, onde todos lançámos
ancoras, em frente da boca de um rio.
E chegaríamos a esta ancoragem às dez horas, pouco mais ou menos.
E dali avistámos homens que andavam pela praia, uns sete ou oito,
segundo disseram os navios pequenos que chegaram primeiro.
Então lançámos fora os batéis e esquifes.
E logo vieram todos os capitães das naus a esta nau do Capitão-mor.
E ali falaram.
E o Capitão mandou em terra a Nicolau Coelho para ver aquele rio.
E tanto que ele começou a ir-se para lá, acudiram pela praia homens
aos dois e aos três, de maneira que, quando o batel chegou à boca do rio, já lá
estavam dezoito ou vinte.
Pardos, nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas.
Traziam arcos nas mãos, e suas setas.
Vinham todos rijamente em direcção ao batel.
E Nicolau Coelho lhes fez sinal que pousassem os arcos.
E eles os depuseram, mas não pôde deles haver fala nem entendimento
que aproveitasse, por o mar quebrar na costa.
Somente arremessou-lhe um barrete vermelho e uma carapuça de linho
que levava na cabeça, e um sombreiro preto.
E um deles lhe arremessou um sombreiro de penas de ave, compridas,
com uma copazinha de penas vermelhas e pardas, como de papagaio.
E outro lhe deu um ramal grande de continhas brancas, miúdas que
querem parecer de aljôfar, as quais peças creio que o Capitão manda a Vossa
Alteza.
E com isto se volveu às naus por ser tarde e não poder haver deles
mais fala, por causa do mar.
À noite seguinte, ventou tanto sueste com chuvaceiros que fez caçar
as naus.
E especialmente a Capitaina.
E sexta pela manhã, às oito horas, pouco mais ou menos, por conselho
dos pilotos, mandou o Capitão levantar âncoras e fazer vela.
E fomos de longo da costa, com os batéis e esquifes amarrados na
popa, em direcção Norte, para ver se achávamos alguma abrigada e bom pouso,
onde nós ficássemos, para tomar água e lenha.
Não por nos já minguar, mas por
nos prevenirmos aqui.
E quando fizemos vela estariam já na praia assentados perto do rio
obra de sessenta ou setenta homens que se haviam juntado ali aos poucos.
Fomos ao longo, e mandou o Capitão aos navios pequenos que fossem
mais chegados à terra e, se achassem pouso seguro para as naus, que amainassem.
E velejando nós pela costa, na distância de dez léguas do sítio onde
tínhamos levantado ferro, acharam os ditos navios pequenos um recife com um
porto dentro, muito bom e muito seguro, com uma mui larga entrada.
E meteram-se dentro e amainaram.
E as naus foram-se chegando, atrás deles.
E um pouco antes de sol-pôsto amainaram também, talvez a uma légua
do recife, e ancoraram a onze braças.
( ... )
Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata
nela, ou outra coisa de metal, ou ferro; nem lha vimos.
Contudo a terra em si é de muito bons ares frescos
e temperados como os de Entre-Douro e Minho, porque neste tempo d'agora assim
os achávamos como os de lá.
Águas são muitas; infinitas.
Em tal maneira é graciosa que, querendo-a
aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem !
Contudo, o melhor fruto que dela se pode tirar
parece-me que será salvar esta gente.
E esta deve ser a principal semente que Vossa
Alteza em ela deve lançar.
E que não houvesse mais do que ter Vossa Alteza
aqui esta pousada para essa navegação de Calicute bastava.
Quanto mais, disposição para se nela cumprir e
fazer o que Vossa Alteza tanto deseja, a saber, acrescentamento da nossa fé !
E desta maneira dou aqui a Vossa Alteza conta do
que nesta Vossa terra vi.
E se a um pouco alonguei, Ela me perdoe.
Porque o desejo que tinha de Vos tudo dizer, mo fez
pôr assim pelo miúdo.
E, pois que, Senhor, é certo que tanto neste cargo
que levo como em outra qualquer coisa que de Vosso serviço for, Vossa Alteza
há-de ser de mim muito bem servida, a Ela peço que, por me fazer singular
mercê, mande vir da ilha de São Tomé a Jorge de Osório, meu genro - o que d'Ela
receberei em muita mercê.
Beijo as mãos de Vossa Alteza.
Deste Porto Seguro, da Vossa Ilha de Vera Cruz, hoje, sexta feira, primeiro dia de Maio de 1500.
[ Nota : repararam, no final da carta, o pedido de um jeitinho para o rei trazer para Portugal o seu genro Jorge, que estava na ilha de São Tomé ? Assim começamos ... ]
TV Globo - "Fantástico" , 1999 :
O primeiro olhar malicioso, de Pero Vaz de Caminha.
MEMORIAL DA EPOPÉIA DO DESCOBRIMENTO :
aqui, você entra e caminha
por dentro de uma caravela !
por dentro de uma caravela !
Seus 'cicerones' são jovens estudantes,
vestidos como portugueses e índias.
Só aqui você entra e anda dentro de uma caravela
O INICIO DESSA HISTÓRIA ...
Em 1492,
CRISTÓVÃO COLOMBO,
um genovês a serviço do recém criado “REINO DA ESPANHA”, DESCOBRE A AMÉRICA.
CRISTÓVÃO COLOMBO,
um genovês a serviço do recém criado “REINO DA ESPANHA”, DESCOBRE A AMÉRICA.
A notícia desagradou aos portugueses que, numa política de segredos, já haviam estado em terras ao ocidente.
Portugal reclama à Espanha e os dois países decidem assinar um TRATADO, em TORDESILHAS (dia
07/06/1494), para dividirem as terras :
- estabelecem como demarcação um meridiano de 370 léguas a oeste da ilha de Santo Antão no arquipélago de Cabo Verde.
- uma
cláusula determina que, cada nação, deve “tomar posse” das terras que lhe
pertencem, documentando o fato e apresentando-o ao rival. Fixaram um
prazo.
PORTUGAL,
que estava mais interessado em firmar comércio com "AS ÍNDIAS", dado o sucesso do contorno da África feito por VASCO DA GAMA (1497/8), montou uma esquadra com 13 caravelas, deu o comando ao fidalgo "PEDR’ALVAREZ
DE GOUVEA" :
- ele deveria ‘tomar posse das terras ao ocidente’, elaborar um documento, enviá-lo ao rei e prosseguir viagem até as "Índias", para defender os interesses comerciais portugueses naquela rica região [o objetivo era dominar a Índia].
TV Globo / Vanguarda, 1999
O frade que é descendente de Cabral
"PASSARELA DO ÁLCOOL"
e
"LUAL" na ILHA DOS AQUÁRIOS
Depois que a coroa portuguesa tomou posse da terra do Brasil, envia expedições exploradoras, extraindo pau-brasil e tudo o que pudesse oferecer lucro de venda na Europa.
E quando ingleses e franceses começam a rondar esta terra, mandam expedições guarda-costas.
O Brasil só começa a ser efetivamente colonizado quando os portugueses foram expulsos da Índia, pelos hindús, através de derrotas armadas.
Para recuperar sua frágil economia, enviam aqui expedições colonizadoras para iniciarem o ciclo do açúcar - lucrativa atividade econômica desenvolvida com sucesso nas ilhas atlânticas da costa africana.
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